O Conselho das Finanças Públicas divulga hoje o seu Plano Estratégico 2021-2023, no qual se detalha o planeamento e organização da instituição para esse período temporal.
Com o ciclo estratégico que agora se inicia, 2021-2023, o CFP pretende lançar um ciclo muito ambicioso de reformas que têm em vista, por um lado, a melhoria da sua organização e, por outro lado, também a criação de novos instrumentos do ponto de vista tecnológico que permitam reforçar a sua capacidade analítica e de previsão orçamental.
Do ponto de vista da sua organização destaca-se a definição, a clarificação, daquelas que são as principais áreas de missão do CFP. Em primeiro lugar, uma área vocacionada com a previsão e análise macro-orçamental, em segundo lugar uma área centrada na supervisão das regras orçamentais e, finalmente, uma área relacionada com a análise dos riscos da sustentabilidade das Finanças Públicas Portuguesas.
Agora, como novidade, além destas três áreas de missão que são clarificadas, temos ainda novas áreas de suporte e uma área de projeto. Relativamente à área de suporte, cumpre evidenciar a nova área de Sistemas de Informação e Data Science. É uma área verdadeiramente revolucionária que vai possibilitar ao CFP desenvolver infraestruturas e tecnologias de informação e comunicação que irão permitir uma melhor otimização das suas capacidades de análise. O desenvolvimento desta nova área de projeto é crucial na medida em que através dela pretendemos dar uma nova flexibilidade ao CFP para poder realizar projetos específicos de análise e de investigação e que vão para lá daquilo que é o seu trabalho funcional habitual.
Do ponto de vista orgânico, temos também importantes novidades. Na verdade, consideramos que para que o CFP seja reconhecido como uma instituição de referência, uma instituição promotora da transparência e do rigor, é preciso que do ponto de vista da sua organização interna haja também melhorias.
Assim, aprovamos agora um novo modelo de governação que é marcado, por um lado, pela redefinição das próprias carreiras do CFP e, por outro lado, pela revisão dos mais importantes instrumentos de gestão, desde logo de gestão do pessoal. Com a criação de três novas carreiras – carreira de analista, carreira de técnico de sistemas de informação e carreira administrativa apoiadas no novo sistema de avaliação – temos agora instrumentos que permitem contribuir para uma maior produtividade, para uma maior capacidade de envolvimento dos trabalhadores do CFP e, portanto, para um aumento dos seus níveis de satisfação.
O CFP quer assim afirmar-se como centro de excelência, com a capacidade de recrutar os melhores pelas suas qualificações e pelas suas capacidades técnicas e, portanto, deste ponto de vista o CFP quer liderar pelo exemplo, afirmando-se como um sítio onde existem as melhores condições para se trabalhar e para se progredir do ponto de vista técnico.
Bem sabemos que estamos a viver um período muito complexo, um período muito difícil, agora que estamos ainda a braços com esta crise pandémica gravíssima que todos estamos a viver. Pensamos, todavia, que é nestes momentos de crise que se lançam as melhores sementes que depois mais tarde poderão frutificar.
No caso do CFP, o nosso objetivo é criarmos mecanismos, criarmos instrumentos, que nos permitam no futuro capacitar melhor o próprio trabalho do CFP para que este possa dar, no quadro daquele que é o seu mandato legal, o seu melhor contributo para ajudar ao progresso do País.
Data da última atualização: 16/06/2021