
Este estudo realiza uma análise comparativa do sistema de saúde português com outros sistemas internacionais, tendo como objetivo avaliar a sua eficácia e eficiência. A pesquisa aborda diversas dimensões do sistema, incluindo: determinantes de saúde; desempenho; financiamento; recursos humanos e materiais; e utilização, acessibilidade e qualidade dos cuidados. Com base em dados comparáveis, a análise explora as principais características dos sistemas de saúde de países com modelos diversos, incluindo Espanha, Alemanha, França, Reino Unido, Países Baixos, Suécia, Austrália e Israel, alguns dos quais são semelhantes ao sistema português, enquanto outros adotam diferentes abordagens. A análise identifica boas práticas e desafios. Portugal apresenta indicadores positivos em comparação com outros países, destacando-se pela elevada taxa de imunização, cobertura de rastreios oncológicos e pela redução de admissões hospitalares evitáveis. No entanto, apenas metade da população classifica o seu estado de saúde como bom ou muito bom. Embora o sistema de saúde português assegure acesso universal, enfrenta uma crescente pressão, em grande parte devido ao envelhecimento da população, à escassez de camas e à falta de alguns profissionais de saúde. Estes constrangimentos têm contribuído para o agravamento das listas de espera e colocado desafios à qualidade dos cuidados prestados. Os dados apontam para a necessidade de adaptação do sistema de saúde às novas exigências, através da adoção de práticas inspiradas em modelos mais descentralizados e com maior envolvimento do setor privado, de forma a reforçar a sustentabilidade e assegurar elevados padrões de qualidade no atendimento.
Data da última atualização: 07/05/2025